25-08
Santa
Patrícia nasceu em Constantinopla no início do século Vll. Filha de família
nobre, seu pai era Constante ll, imperador de Constantinopla e descendente de
Constantino, o grande. Constantino fora o imperador que decretou o Cristianismo
como religião oficial do Império Romano.
Desde
sua infância Santa Patrícia foi educada por uma empregada de nome Aglaia, que
era muito cristã. Muito cedo fez voto de virgindade. Seu pai, porém, sem saber
das intenções da filha, arranjou-lhe casamento com um nobre, como era costume
na época.
Quando
Patrícia explicou a seu pai suas intenções, este, de imediato, não aceitou. Por
isso, Patrícia fugiu com Agláia e mais algumas amigas que compartilhavam o
mesmo ideal, pois seu pai queria que ela casasse de qualquer maneira. Ao fugir,
Patrícia levou parte de seus bens. Ela foi para as ilhas gregas e depois para
Nápoles na Itália.
Patrícia
gostou muito de Nápoles e indicou o local onde gostaria de ser sepultada:
diante do Mosteiro das irmãs basilianas, dedicado aos santos Nicandro e
Marciano. Foi em Nápoles que passou a ajudar as igrejas da cidade com seus
bens.
A
ajuda vinha em forma de dinheiro e decoração das igrejas não só com ornamentos
dignos, como também com utensílios essenciais para as celebrações litúrgicas.
Além disso, Santa Patrícia dava dinheiro para os conventos que ajudavam os
pobres e conseguiu várias relíquias de santos mártires para que fossem
colocadas nos altares das igrejas.
Temendo
alguma perseguição por parte de seu pai, Patrícia foi para Roma, pedir proteção
ao Papa Libério. Porém ele soube que seu pai, na verdade, tinha compreendido
sua escolha e estava conformado. Então, lá mesmo, ela recebeu dele o véu,
símbolo de consagração a Deus.
Sabendo
que seu pai estava conformado com sua escolha, Santa Patrícia volta para sua
terra natal. Ela voltou com Agláia e suas amigas com algumas finalidades: rever
seu pai e se reconciliar com ele e sua família.
Em
segundo Lugar, Patrícia foi renunciar oficialmente à sua herança e à coroa e
distribuir seus bens aos pobres. Depois, Patrícia pretendia ir a Jerusalém para
uma peregrinação à Terra Santa.
Santa
Patrícia conseguiu atingir parte de seus objetivos: reconciliou-se com seu pai
e distribuiu seus bens aos pobres. Porém, na ida para Jerusalém, o navio se
desviou por causa de ventos contrários e foi se arrebentar no litoral de
Nápoles, sendo que seus restos foram parar na ilha de Megaride, também conhecida
como Castel dell'Ovo, onde havia um pequeno convento. Ali, Patrícia foi
socorrida e acolhida pelas irmãs. Mas ela estava muito ferida por causa do
naufrágio.
Santa
Patrícia faleceu pouco tempo depois no convento Megaride, por causa dos
ferimentos. Aglaia, organizou o funeral com a participação de muita gente,
inclusive o Bispo e o Duque da cidade.
Conta-se
que o carro puxado por bois que levava o corpo de Santa Patrícia, sem ninguém
comandar, parou diante do Mosteiro das irmãs Basilianas, exatamente no lugar em
que ela queria ser sepultada e onde estão suas relíquias. O convento
posteriormente foi chamado de Convento das Irmãs Patricianas.
O
povo de Nápolis passou a difundir o seu culto e ela se tornou a co-padroeira da
cidade, junto com o padroeiro São Genaro. Ela foi canonizada em 1625. Anos
depois, seus restos mortais foram transferidos para a capela do Mosteiro de São
Gregório Armênio. Seu culto é celebrado no dia 25 de agosto.
Oração
a Santa Patrícia
Santa
Patrícia, que renunciaste
à coroa,
à nobreza e ao poder e nos mostras com teu exemplo que tudo neste mundo é
passageiro, ensina-nos a enxergar essa verdade todos os dias de nossa vida.
Ajude-nos no ideal de seguir Jesus radicalmente, no desapego dos bens materiais
e na ajuda aos mais necessitados. Santa Patrícia, rogai por nós.
Que
assim seja.
FONTE
:www.cruzterrasanta.com.br