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CIPRIANO NEM BRUXO NEM SANTO APENAS UM SERVO DE DEUS

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VIDA E ORAÇÃO A SANTA BERNADETE


(16 de abril)

Na gélida manhã do dia 07 de janeiro de 1844, na singela cidade de Lourdes, na França, o jovem casal Francisco Soubirous e Luisa Castérot derramam lágrimas de alegria e contentamento pelo nascimento da pequena e frágil Maria Bernarda, que carinhosamente passou a ser chamada de Bernadete. Era o primeiro dos seis filhos dos Soubirous.

Sr. Francisco, homem rude e simples, trabalhava nos moinhos de moer cereal, e no ano do nascimento de Bernadete, arrenda um moinho aos pés dos Pirineus.

Nos anos seguintes, todo o povoado e cidades vizinhas, experimentaram um terrível caos econômico. Os Soubirous, como os outros, não encontram opção, são despejados e se vêm obrigados a buscar alojamento no antigo presídio da cidade (era um lugar úmido, insalubre e sem ventilação), era um cômodo de 20m².

Quando conseguia comprar um pão, a mãe o dividia entre os pequenos, que ainda assim se sentiam insaciados. Muitas vezes, Bernadete privava-se de sua porção e com alegria a repartia com seus irmãozinhos.

Em função dessas dificuldades todas, Bernadete apresenta-se como menina com saúde frágil, sempre atacada pela asma. Fazia parte daquele número de crianças e jovens que não sabiam ler nem escrever por serem obrigados a trabalhar. A própria educação religiosa não lhe tinha dado condições de fazer a primeira comunhão. Em casa, com seus pais e irmãos, desfiavam as contas do rosário com devoção e grande respeito, diariamente!

Nossa pequena Bernadete ansiava receber a eucaristia; já estava com 14 anos e com grande dificuldade escrevia e lia seu próprio nome.

Na fria e nublada manhã de 11 de fevereiro de 1858 (150 anos atrás), Bernadete, em companhia de sua irmã Toinette e da amiga Baloume, foi buscar lenha perto de Massabielle. Deviam passar descalças o rio Gave. Como Bernadete sofria de asma, hesitava em pôr os pés na água fria. De repente ouviu um barulho, levantou os olhos e viu uma Senhora vestida de branco com um cinto azul, e uma rosa amarela sobre cada pé; trazia em suas mãos um belíssimo terço de contas brancas.

Era a Santíssima Virgem que estava sorrindo e chamando-a para se aproximar dela. Temerosa, Bernadete não se aproximou; puxou o terço e começou a rezar. A Virgem acompanhou as orações em seu próprio terço e no final desapareceu.

Pelo caminho de volta, confidenciou à irmã sobre a visão: e esta por sua vez contou para a mãe sobre o acontecido.

D. Luisa, mulher prudente e piedosa, num primeiro momento, proibiu as duas de voltarem à gruta, mas no domingo, 14 de fevereiro com a autorização do pai conseguiu voltar à gruta e lá a Senhora apareceu-lhe novamente. Na terceira aparição, ao ser solicitada para escrever o seu nome com uma caneta, a Santíssima Virgem sorriu e respondeu pela 1º vez: “Não é necessário... quer ter a gentileza de vir aqui durante 15 dias? Somente do dia 25 de março, (Festa da Anunciação do Senhor) durante a 16º aparição ela revelou seu nome: "Eu sou a Imaculada Conceição”.

Foi a confirmação do céu. Pois quatro anos, em 1854, o Papa Pio IX havia proclamado o dogma da Imaculada Conceição.

Ao todo foram 18 aparições à Bernadete. Entre perseguições e desconfiança, os fatos atraíram a atenção e receberam cada vez mais o apoio popular: lá, junto à gruta, surgiu um belíssimo santuário. O Santuário de Lourdes é um sinal do amor de Deus por todos os seus filhos que sofrem com as enfermidades do corpo e da alma. Bernadete fez com grande emoção e piedade a 1º comunhão, em 3 de junho de 1858. 

Irmã Bernadete

Encerradas as aparições na gruta de Massabiele, Bernadete permaneceu na sombra durante o resto de sua vida. Ela costumava exclamar: “Oh, seu pudesse ver, sem ser vista!”. Nesta frase está resumido o período posterior às aparições em que recusou atrair sobre si as atenções das pessoas. Em 1864, com 20 anos, pediu para ingressar no convento das irmãs de Nossa Senhora de Nevers, porém, tendo em vista sua frágil saúde, teve de esperar dois anos. Somente em 1866 foi admitida.. Aos 24 de junho daquele ano, vestiu o hábito e tomou o nome de Irmã Maria Bernadete.

Já como irmã professa, humilde e jovem, apesar de pouco saudável, recebeu o encargo de dirigir a enfermaria do convento. Durante dois anos conseguiu cumprir com esta responsabilidade, sempre com grande amor e competência, até que a partir de 1875 caiu definitivamente enferma. Ela costumava comparar-se a uma vassoura: “Nossa Senhora se utilizou mim, depois me colocaram de novo em meu canto, onde me sinto muito feliz”.

Na quarta-feira, 16 de abril, era primavera e os campos de Nevers exalavam um delicioso perfume de junquilhos e outras mimosas e delicadas flores campestres. De repente ouve-se o repicar dos sinos do convento: a bela e humilde flor da gruta de Massabiele fora recolhida pelo Senhor e leveda para os jardins celestes.

Irmã Bernadete estava com 35 anos, adormeceu no Senhor depois de longa agonia. Aos 18 de julho de 1925, o corpo de Santa Bernadete, já anteriormente exumado e encontrado intacto perfeitamente, foi posto numa urna de vidro, e lá está até hoje do mesmo modo. Foi canonizada em 1933 pelo Papa Pio XI.

Seus restos mortais incorruptos constituem um dos mais belos vestígios da felicidade eterna. (Obs.: o corpo de Bernadete permanece em perfeito estado de conservação, e, para espanto da ciência, até os órgãos vitais como o fígado está intacto e com coloração natural).

Pela maneira como viveu, na simplicidade e na pobreza, nos damos conta mais uma vez que Deus escolhe, não os sábios e entendidos deste mundo, mas os simples e humildes, para Sua obra de conversão.

Quem trabalha na obra da evangelização também tem que seguir este caminho para que apareça em 1° lugar, Aquele que é fonte de vida e de toda a graça.

E que Santa Bernadete nos ensine o exemplo da humilde vassoura da Virgem Maria!

ORAÇÃO A SANTA BERNADETE

Senhor, que vos dignastes conceder à jovem Bernadete a graça de ver vossa Santíssima Mãe e com ela conversar e orar, concedei também a mim uma maior devoção para com Maria Santíssima, a graça da boa saúde e disposição, como também a humildade um dos maiores atributos de Santa Bernadete.
Santa Maria, rogai por nós!
Santa Bernadete Soubirous, rogai por mim!

Que Assim Seja.

domingo, 10 de janeiro de 2010

VIDA E ORAÇÃO A SÃO CRISTOVÃO


(25 DE JULHO)

ORAÇÃO A SÃO CRISTOVÃO (1)

Ó são Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa do rio com tanta firmeza e segurança, porque carregava nos ombros o Menino Jesus.
Fazei com que Deus esteja sempre presente em meu coração, para que eu tenha essa firmeza, segurança e responsabilidade no volante do meu carro, e terei também forças para corajosamente enfrentar todas as correntezas, venham elas dos homens ou do Espírito infernal.
São Cristóvão rogai por nós.

Que Assim Seja.

ORAÇÃO A SÃO CRISTOVÃO (2)

Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança, porque carregou nos ombros o Menino Jesus.
Fazei com que Deus se sinta sempre bem no meu coração, porque então eu terei sempre segurança na direção do meu carro, e enfrentarei corajosamente todas as correntezas ou adversidades que surgirem, venham elas dos homens ou dos espíritos do mal. Meu São Cristóvão ajude-me também a alcançar a graça que vos peço (fazer o pedido).
Protegei-me de todos os perigos e livrai-me de todo o mal.

Que Assim Seja.

VIDA DE SÃO CRISTOVÃO

Existem vários relatos que chegaram até nós sobre São Cristóvão, e entre eles o que há de mais concreto é que Cristóvão foi um homem de estatura alta e de grande força, nascido na Palestina, que se converteu ao cristianismo e se tornou apóstolo de Jesus na Ásia Menor, onde foi martirizado pelo imperador Diocleciano por volta do ano 250. Teve culto litúrgico desde o século V na Igreja do Oriente e de Roma. Em todos os países da Europa existem igrejas dedicadas a este santo. Muitos conventos, paróquias e irmandades têm o seu nome. Apesar dessa popularidade, pouco se sabe sobre a vida deste santo. Tudo indica que, de fato, um homem de estatura gigantesca que ambicionava colocar a sua força e habilidade militar ao serviço de quem melhor lhe pagasse. A sua mania de grandeza foi tamanha que mudou várias vezes de amo. Alguns textos referem que serviu até o demônio, pensando que esse era o maior rei do mundo. Mas desiludiu-se ao perceber que o diabo tinha medo da cruz, e descobriu então que Cristo era o mais poderoso dos soberanos e que a bondade era o seu mais importante dom. Foi um eremita (de nome desconhecido) que lhe indicou a melhor maneira de servir a Cristo, entregando-se à penitência, à oração e à meditação. Mas Cristóvão não agüentava jejuar nem tinha jeito para rezar e meditar. Por isso, o eremita ensinou-lhe outro caminho para que pusesse em prática o serviço da caridade para com o próximo. Disse-lhe o seguinte: «És alto e forte. Aqui perto existe um rio sem ponte, cuja travessia constitui perigo de morte para os viajantes. Oferece-lhes o teu serviço e transporta as pessoas de uma margem para a outra do rio. “Assim terás a gratidão dos viajantes, e Deus irá recompensar-te pela tua caridade.» Essa proposta agradou a Cristóvão, e desde então deixou a sua mania de grandeza e passou a ajudar os seus semelhantes. Construiu uma choupana à beira do rio e prontificou-se a transportar gratuitamente os transeuntes. Certo dia apresentou-se um menino que lhe pediu que o transportasse para a outra margem. No começo, o menino pouco pesava nos seus ombros, mas à medida que ia avançando no rio, o menino tornava-se mais pesado. Cristóvão estranhou aquele peso, comentando: «Parece que estou a carregar o mundo inteiro!» Sorridente, a criança explicou: «Estás a carregar muito mais do que o mundo inteiro. Carregaste o Senhor do Mundo.» Esta frase foi como um prêmio pelo serviço de caridade prestado. Desde aquele dia, mudou o seu nome para Cristóvão, que em grego é «Cristóforo» e significa aquele que carrega Cristo.
Retirado do calendário litúrgico católico em 1969, São Cristóvão continua a ser venerado em todo o mundo como protetor dos viajantes e motoristas.


sábado, 9 de janeiro de 2010

VIDA E ORAÇÃO A SANTA BEATRIZ DA SILVA


(17 de Agosto)

Santa Beatriz da Silva nasceu em Celta, quando esta cidade pertencia a Portugal. Possuía descendência real hispano-portuguesa e pertencia à mais alta nobreza da corte. Como condessa costumava subir com muita freqüência ao monte Hacho, com a finalidade de venerar Nossa Senhora da África, pois desde a mais tenra idade nutria grande veneração e amor pela Imaculada Conceição. Tinha 10 anos quando seu pai foi transladado a Portugal.

Foi no ano de 1447 que se despediu do solar da família Ruiz de Silva e Meneses, com a finalidade de acompanhar, na qualidade de dama de honra, a princesa Isabel de Portugal, que partiu para Castella a fim de contrair matrimônio com o rei daquela nação, João II de Castella.

A corte não tinha um lugar fixo, variando conforme as circunstâncias. Às vezes residia em Madrigal de Altas Torres, onde viria a nascer a princesa Isabel, a Católica. Outras vezes residia em Tordesilhas. Tudo dependia da necessidade daquele ambiente cortesão, onde imperava clima cercado de receios e intrigas.

Era Beatriz da Silva pessoa de deslumbrante beleza. Apesar de possuir sangue real, era uma graciosa donzela, que excedia todas as demais de seu tempo, em formosura e gentileza. Isto fez com que a própria Beatriz se desse conta de que, sua rara beleza, passara a ser motivo involuntário de constantes rivalidades entre seus apaixonados pretendentes. Muitos condes e duques intencionavam pedir sua mão em matrimônio. Haviam acaloradas disputas e lances de amor por sua causa. Beatriz se refugiava e permanecia em silêncio e oração. Diante desta incômoda circunstância, expressou que trocaria sua aparência pela da mulher mais feia do mundo.

Pela sua extrema piedade, não tardou que o poder do mal, contra ela lançasse seus furores. Boatos maldosos surgiram e colocaram em dúvida sobre a virtude de Beatriz. Foi quando começou a crescer na rainha idéias fantasiosas, acêrca da fidelidade conjugal do Rei, que poderia se deixar levar pela formosura de Beatriz e pela sua "má índole", cujas mentes maliciosas, caluniosamente haviam propagado. Cega de ciúmes, a rainha extremamente encolerizada, decidiu investir contra ela de maneira violenta. Um dia, fez-se acompanhar de Beatriz a um sótão escuro e a empurrou para dentro de um grande cofre, que foi fechado à chave. Naquela prisão foi onde a Santa recebeu em plenitude o “Dom de Deus”, e lhe foi dada a conhecer a sua futura missão: a de fundar uma Ordem, com o fim de honrar a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. Permaneceu três dias naquela prisão e durante este tempo apareceu-lhe a Santíssima Virgem com o menino nos braços, vestia um hábito todo branco e escapulário da mesma cor e a cobri-la um manto azul. A Virgem Imaculada passou-lhe a missão a que estava destinada.

Após os três dias a rainha abriu o cofre esperando encontrar um cadáver, espantada viu diante de si Beatriz viva e com perfeita saúde. Este cofre encontra-se preservado, até hoje, junto ao convento de Santa Clara, em Tordesilhas. A rainha então lhe dá liberdade para viver aonde quisesse. Beatriz decide por Toledo, e durante a viagem recebeu outra benção Divina, estranhamente durante a viagem lhe aparece dois monges que apareceram detrás de um monte, ela os identificou como monges do padre S.Francisco. F içou receosa que estivessem a mando da rainha, mas ao lhes abrir o coração, os monges a acalmaram e viajaram juntos, dando a ela boas palavras, incentivando-a na sua missão. No entanto quando Beatriz os convida para participar de sua ceia na próxima pousada, para espanto dela e de todos que a acompanhavam, os monges desaparecem. Este encontro deixou-lhe na alma uma grande consolação e abriu-lhe o entendimento às realidades sobrenaturais, compreendendo que seus companheiros de viagem eram Santo Antônio de Lisboa e São Francisco de Assis.

Em Toledo é aceita no mosteiro de São Domingos. Não abraçou a vida monástica, mas seguiu o mesmo estilo de vida das monjas, durante um período de 30 anos.

Nesta época, Isabel (a Católica), na condição de nova rainha, que às vezes acudia sua mãe desde Arévalo, costumava, ainda que consternada, a visitar Beatriz. Nutrida por grande admiração, lhe concedeu os palácios de Galiana e o Mosteiro de Santa fé. Foi neste mosteiro que Beatriz ingressou com doze religiosas, depois de 30 anos de espera, com o nome de Maria Imaculada, onde fundou sua Ordem contemplativa de Concepção Franciscana (Concepcionistas). A congregação expandiu-se rapidamente tanto na Europa quanto na América.

O Papa Inocêncio VII foi quem aprovou a Bula, no ano de 1489. Em 1491, a bula foi levada solenemente da catedral de Toledo até o mosteiro de Santa Fé.

Poucos dias depois, Beatriz caiu gravemente enferma. No leito de morte, recebeu o hábito e pronunciou os votos, como madre Fundadora da Ordem. Ao ungirem sua fronte, milagrosamente apareceu uma estrela e por este motivo é nos quadros e imagens, a figura da Santa é representada com uma estrela na testa. Partiu para a eternidade no dia 17 de agosto de 1491. Foi declarada Beata por Pio XI em 1926 e canonizada pelo Papa Paulo VI cinqüenta anos depois, em 1976.

ORAÇÃO A SANTA BEATRIZ DA SILVA

Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, imploro-vos ó Santa Beatriz da Silva, que intercedas por mim.

Peço-vos que possa eu caminhar sempre seguindo a estrada que o Pai Altíssimo designou-me, que eu resista às tentações da vaidade, luxuria orgulho e poder, que eu possa compreender o amor universal, fraterno.

Que a minha fé se fortifique sempre, colocando-me em vossas mãos para ter certeza do caminho a seguir.

Que a Virgem Maria Imaculada Conceição me cubra com seu manto, salvando-me dos meus inimigos e clareando as dúvidas que trago na minha mente.

Sei que me escutas e sei que bem sabes da necessidade que apresento, vos peço que se for de meu merecimento eu a alcance, se não for compreendo que não seria para mim o melhor e que o Pai através de vós me concederá o que é para o meu bem.

Que assim seja