SÃO PAULO |
(29 DE JUNHO)
ORAÇÃO A SÃO PAULO (1)
Ó São Paulo, vós que cumprindo a vontade de Deus, manifestada por vozes de anjos, de espada em punho, vos lançastes a luta por Deus e pelo povo Hebreu e Gentio, ajudai-me a perceber no meu íntimo, as aspirações de Deus.
Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra a minha fé e a minha pátria.
São Paulo, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária.
Que nem opressões, nem ameaças e nem processos me obriguem a recuar, quando estou com a razão e a verdade.
São Paulo, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me.
Que assim seja.
ORAÇÃO A SÃO PAULO (2)
São Paulo, incansável Apóstolo dos gentios, em Éfeso destruístes livros que prejudicavam o povo. Olhai agora para todos nós. Estais vendo que uma imprensa escrita, falada e televisada vai arrancando a fé e minando os bons costumes do nosso povo. Santo Apóstolo, iluminai os jornalistas e escritores que trabalham na comunicação: que espalhem somente mensagens construtivas. Daí a todos coragem, para que evitem tudo quanto se opõe à libertação e promoção das pessoas, famílias, comunidades e nações. Alcançai-nos a graça de sermos cristãos ativos. Que aprendamos a discernir, com senso crítico, as mensagens que recebemos diariamente das leituras, do rádio, da televisão e do cinema, dos audiovisuais em geral. E possamos divulgar, de acordo com nossa capacidade e possibilidade, uma imprensa que orienta para Deus, promove o conhecimento da verdade e ajuda o bem estar temporal e eterno de todos.
Que assim seja.
VIDA DE SÃO PAULO
São Paulo, o apóstolo, mártir e um dos grandes missionários, místicos e teólogos da Historia da Igreja.
Ele nasceu na cidade de Tarsus na Cilicia, Ásia Menor (hoje Turquia). Filho de uma tribo de judeus de Benjamim. Tornou-se um cidadão romano chamado Saul e foi criado como fariseu (a mais rígida das seitas judias do período) em Tarso, aprendeu a arte de fazer tendas uma profissão que muito lhe foi útil quando passou a peregrinar por todo o império romano), ele estudou a lei judia e o Grego e o Latin. Enviado por algum tempo para Jerusalém ele encontroou ali um professor o famoso rabino Gamaliel, e ficou especialista no Torah. Após desenvolver fortes laços com Jerusalém ele retornou a Tarso, antes de Jesus começar o seu ministério público - e ali gradualmente teve contato com a nova seita do nazareno, como os primeiros seguidores de Cristo eram chamados, alguns anos após a Crucificação. Paulo tornou-se um dedicado oponente da nova igreja e estava presente ao martírio de São Esteves; de fato ele guardou a roupa daqueles que jogavam pedras no protomartir e assim "consentiu na sua morte”. (Atos 7:58-8:1). Indo para Damasco para fazer a perseguição aos Nazarenos ele foi convertido enquanto estava na estrada (Atos 9:1-19;22:5-16 e 26:12-18).
Deixado cego por uma luz brilhante, que ele entendeu que era o próprio Cristo e foi levado para Damasco e ficou por três dias na escuridão. Sendo batizado por Ananias, sua visão voltou imediatamente e ele deixou a cidade e ficou vários anos na Arábia em prece e meditação. Retornando a Damasco, começou a pregar a sua fé com grande habilidade, convicção e persistência que ele, as vezes, tinha que escapar sendo baixado pelas paredes da cidade por meio de uma cesta. Ele foi a Jerusalém onde se encontrou com Pedro e outros apóstolos desconfiados, mas com a ajuda de Barnabas consegui convencê-los de sua sinceridade. Após pregar em Cilicia e Caesarea, em 45 AD Paulo embarcou em sua primeira das suas grandes jornadas missionárias. Com Barnabas, e Marcos, Paulo (como ele passou a ser conhecido) velejou até Chipre e Turquia, estabelecendo comunidades cristãs na Antiópia, Psidia, Iconium e por toda a Ásia Menor. Seus esforços missionários criaram muita revolta em algumas cidades, ele foi até mesmo apedrejado e deixado para morrer pela multidão enfurecida em uma delas, mas ele encontrou solo espiritual fértil entre os Gentios. Paulo retornou a Antiópia com noticias que ele havia aberto a porta da fé (ato 14:27) para os Gentios. Esta oportunidade iniciou a maior controvérsia na comunidade Nazarena, e uma disputa começou no Conselho de Nazaré, o qual enfim decidiu que a conversão deveria abranger também os Gentios e qualquer outro povo pagão.
Paulo foi o mais ardente missionário entre as populações pagãs do Império Romano. No ano de 50 DC ele iniciou a sua segunda jornada missionária desta vez para Silas, viajando da Azia Menor até a Macedônia e a Grécia.
Em Atenas ele encontrou-se com os filósofos Stoic e Epicurean e depois foi para Corinto, onde ficou por um ano. Na sua terceira jornada missionária ele foi para Grécia, passou dois anos em Ephesus (hoje Turquia) visitando Colossa, Philadelphia, Laodicea e Corinto. No seu retorno a Jerusalém 5 anos depois ele foi atacado por inimigos dos judeus e foi salvo de morte certa por um esquadrão de soldados romanos. Acusado por Sanhedrin de trazer gentios para o templo, ele usou seus privilégios de cidadão romano para ser enviado para Ceasarea para julgamento pelo governador. Ele ficou três anos na prisão e quando o seu julgamento afinal aconteceu ele apelou para Roma. Foi então enviado de navio para Roma sob uma guarda romana, mas o navio naufragou ao chegar em Malta. Finalmente julgado em Roma, foi absolvido. Paulo permaneceu alguns anos na obscuridade, estudando e meditando. Acredita-se que foi para a Síria, Palestina, Grécia, Creta e Espanha. Preso mais uma vez, foi trazido de volta para Roma e colocado em confinamento vigiado. Ele escreveu então, o que seria o seu destino, na sua Segunda carta a Timóteo (4:6-8). Seu martírio se deu em 67 DC sob o comando do Imperador Nero, Paulo teria sido decapitado (conforme relatado por Tertuliano); mas de acordo com os apócrifos "Atos de São Paulo" ele foi espancado até a morte e conseguiu a conversão dos dois soldados romanos, Longus e Cestus, que o trouxeram para o local da execução. Ele teria sido enterrado no cemitério da Via Ostia que pertencia a um cristão chamado Lucina, local onde hoje está erigida a Basílica de São Paulo de Fuori Le Mure (“São Paulo de fora dos muros").
Um dos mais imaginativos, eloqüentes, e apaixonados escritores cristãos, Paulo foi aprisionado, espancado, afogado, apedrejado, e finalmente martirizado pela sua fé. Durante as suas jornadas missionárias ele escreveu muitas, várias e extensas cartas. Um terço do novo testamento são as suas cartas. Seus admiráveis escritos tiveram um profundo efeito na teologia cristã, especialmente a Christologia (conceito de Cristo Homem-Deus) e as suas teses no que se referem as graças, predestinação, a liberdade de escolha, o batismo, e a perfeição cristã são tidos como doutrinas cristãs.
Seus escritos são: Romanos, Primeiro e Segundo Tessalonicenses, Primeiro e Segundo Timóteo, Tito, e Filimon. Liturgicamente São Paulo é comemorado em 29 de junho junto com São Pedro e em 25 de janeiro é a festa do dia da sua conversão. Ele é tradicionalmente simbolizado com o livro e a espada.
Sua festa é celebrada no dia 29 de junho com São Pedro.
Ele é considerado o primeiro Doutor da Igreja Católica.
Para se ter idéia da força de São Paulo no Brasil, a Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 14, Versículos 1 a 20, é lida na UMBAMDA na consagração de um médium.
Cumpre notar que os Atos de São Paulo:
É um escrito considerado apócrifo datado da segunda metade do segundo século e compilado por um cristão ortodoxo na Ásia Menor. Consta de vários pequenos tratados e contos incluindo a Terceira Carta de Paulo aos Corintos, O Ato de Paulo e Tecla, e o Martírio de São Paulo. O trabalho pretende elogiar Paulo e exaltar seus feitos e os de outros apóstolos, mas se apóia em duvidosas fontes históricas e de acordo com Tertuliano em seu tratado “De Batismo” o compilador foi afastado de sua posição como presbítero por causa disto. Não obstante, os Atos são usados por figuras respeitadas como Origens e São Cipriano nos seus trabalhos.
Martirologia de São Paulo
Um trabalho apócrifo que conta a morte de Paulo datado do final do segundo século. Ele conta que Paulo em seus últimos dias inclusive sua condenação a morte na presença do Imperador Nero e a conversão do dois oficiais romanos, Longus e Cestus, os quais levaram Paulo ao local de sua execução.
Atos de Paulo
Também um escrito apócrifo das aventuras e trabalhos de Paulo e Tecla. Ele supostamente relembra como Paulo veio para Iconium e ali pregou com tanta eloqüência a beleza da castidade que convenceu a já prometida Tecla a abandonar seus planos de casamento. O povo local ficou tão furioso que Paulo foi espancado e Tecla foi queimada viva. Ela foi miraculosamente salva e foi para Seleucia pregar os Evangelhos. Os atos também incluem uma descrição da morte de Tecla em Seleucia. Embora o trabalho tenha algumas valiosas informações históricas, é geralmente considerado apócrifo. Era muito popular durante os primeiros séculos da Igreja e está incluído nos Atos de São Paulo e foi preservado em um grande numero de manuscritos e traduções.