Marcelina nasceu em
Roma, em 327, na ilustre família dos Ambrosis, sob o Império de Constantino
Magno. Em uma época de profundas mutações culturais, a família de Marcelina era
aberta à religião cristã. Sua parente, Santa Sotera, morreu mártir, sob o reinado
do imperador Dioclesiano.
O pai Ambrósio era
prefeito romano e governou as Gálias (França). Ao ser eleito Governador das
Gálias, em Treviri, para lá se transferiu com a esposa e dois filhos, Marcelina
e Sátiro.
Nos anos 340, nasceu o terceiro filho
Ambrósio. Marcelina desfrutou, em Treviri, dias serenos, mas aos 13 anos de
idade, com a morte precoce do pai, voltou para Roma, com a família. Antes dos
20 anos, perde também a mãe, ficando com a total responsabilidade da educação
dos irmãos.
Em Roma, Sátiro e Ambrósio, foram confiados
aos melhores mestres, dedicaram-se com sucesso, a estudos jurídicos. Jovem,
bonita, rica, nobre, Marcelina teve muitos pretendentes, mas em seu coração
nasce o desejo de se consagrar a Deus, permanecendo virgem.
Na Roma corrupta e pagã, era muito difícil
compreender que uma jovem renunciasse à sua principesca fortuna e a um ilustre
casamento. O povo não estava acostumado a essas ideias de pureza,
bem-aventurança, vida nova, que Jesus trouxera ao mundo...
Agora isto era confessado
publicamente. E bem ali, naquela época, em fase difícil da história, a semente
de Cristo planta-se na vida de Marcelina: ela quer ser d'Ele. Para buscar
coragem, visita muitas vezes as catacumbas dos cristãos que morreram pela Fé.
Lá se sente consolada e compreendida. Marcelina tem a convicção de que Deus a
quer para si. Deve ser coerente com a voz que fala mais forte dentro dela.
Retira-se, então,
para um lugar tranquilo, na vila de Cernusco, perto de Milão e em contato com a
natureza, decide: Farei o que Jesus disser... Na noite de Natal do ano 353, aos
25 anos, recebe das mãos do Papa Libério o véu da consagração total.
Sua decisão abala
os habitantes dos palácios. Seus amigos não conseguem captar toda a dimensão do
mistério... E os espectadores descobrem que o novo tempo, iniciado por JESUS
CRISTO, está vivo e palpitante nesta jovem. É chegado o tempo em que a
liberdade se faz nova. É a história da Boa Nova, que renasce. Marcelina,
entregando-se deste modo a Deus, demonstra que é livre de tudo.
Os que se entregam a Deus, colocam-se
imediatamente a serviço dos irmãos. Marcelina intensifica a oração e o estudo
das Sagradas Escrituras e acolhe, em sua casa, muitas companheiras, desejosas
de serem orientadas no conhecimento do Senhor e de participarem, com ela, do
socorro aos pobres e sofredores.
Ao mesmo tempo, não descuidou da educação
humana e cristã dos dois irmãos, logo solicitados para importantes cargos
públicos. Em 372, Ambrósio foi eleito Governador em Milão. Sátiro foi nomeado
para uma Prefeitura. Dois anos depois, chega a clamorosa notícia da eleição
popular de Ambrósio para ser Bispo de Milão.
Para auxiliar o
irmão em sua nova missão, Marcelina não hesitou em acompanhá-lo na sede
milanesa. Marcelina foi, para Ambrósio e Sátiro, conselheira e mestra e
continuou sua vida comunitária com as companheiras virgens que, com ela, vieram
de Roma. Embora no silêncio de sua vida recolhida, desenvolveu um apostolado
eclesial participando das ansiedades e solicitudes do Bispo Ambrósio,
orientando-o a lutar corajosamente em defesa da justiça e da fé, a descobrir no
mundo, os sinais da esperança.
Ambrósio teve
grande estima por ela e propôs seu exemplo a muitas jovens que eram também
chamadas por Deus a uma dedicação total. Marcelina pôde assistir seu irmão até
o fim, na rápida enfermidade que lhe abriu as portas do céu, na madrugada do
sábado santo, no dia 4 de abril de 397. Ela morreu poucos meses depois, a 17 de
julho e foi sepultada em Milão, na Basílica Santa Ambrosiana. A voz do povo a
proclamou santa. Na mesma vila de Cernusco, onde Marcelina partiu para a casa
do Pai, teve início a Congregação das IRMãS MARCELINAS, fundada pelo Beato
Luigi Biraghi, sob a proteção da Santa.
Conforme o seu exemplo, a nova Congregação
propõe-se a orientar, formar, educar os jovens e todos os que lhe são
confiados, no caminho do amor, “ensinando-lhes Jesus”.
Realizam-se assim
as palavras do seguirão...”
ORAÇÃO SANTA
MARCELINA
I
Santa Marcelina que
por amor a Jesus, viveste para semear o amor por todos caminhos que
percorreste, a vós eu imploro em nome de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que a minha fé se fortifique e que eu me transformando por ela, possa também
semear o amor entre todos que vivem ao meu redor e entre aqueles que apenas
rapidamente passam pelo meu caminho.
Que assim seja.
Reza-se um Pai
Nosso e uma Ave Maria.
II
Ó Deus, que Vosso
Filho Jesus Cristo, convertei meu coração, para que esteja sempre aberto a
acolher meus irmãos e a levá-los a vos conhecer. Dai-me proclamar Vossa glória
e Vossa bondade à terra inteira. Santa Marcelina rogai por nós.
Que assim seja.
A padaria aqui da minha rua é Santa Marcelina,mas não conhecia sua história e adorei!Deve ter sido dificil para ela na época vencer todos os preconceitos!Bjs e boa semana!
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