MÃE PEREGRINA - HISTÓRIA CLIQUE
Pedro José Kentenich
Pedro José Kentenich nasceu no dia 18 de novembro de 1885, em Gymnich, Alemanha, e foi batizado no dia seguinte na Igreja Matriz de São Cuniberto. Seus pais eram descendentes de pequenos agricultores. Aos nove anos de idade sua mãe Catarina o levou para um Orfanato. Recebeu sua Primeira Comunhão em 1897, quando manifestou o desejo de ser padre.
Em 22 de setembro de 1899 entrou para a Congregação Missionária dos Palotinos, com 14 anos de idade incompletos. Foi ordenado sacerdote em 8 de julho de 1910, aos 25 anos.
Fundou a Obra de Schöenstatt em 18 de outubro de 1914, na capela de um antigo cemitério, cujo padroeiro era o Arcanjo São Miguel, e recebeu o nome de Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Criou-se, então, uma Aliança de Amor entre a capela e a Mãe de Deus.
Em 20 de setembro de 1941, depois de um interrogatório, Pe. Kentenich foi preso pela Gestapo (polícia secreta do Estado durante o nazismo) em Coblença e levado ao porão do Alojamento, num calabouço, onde ficou por quatro semanas.
Em 1942 foi levado para um campo de concentração em Dachau. Pe. Kentenich frequentemente dava os alimentos que lhe eram trazidos ocultamente, e até mesmo uma parte de sua ração habitual, para ajudar aos outros. Por caminhos secretos conseguia receber hóstias e vinho para a celebração da Santa Missa. Durante o tempo de prisão dava diariamente duas conferências para cerca de 100 sacerdotes.
Em maio de 1945, com o fim da guerra, depois de três anos e meio de prisão, celebrou novamente a Santa Missa no Santuário da Mãe de Deus. Era domingo de Pentecostes, a festa do Espírito Santo.
Nos primeiros dias de maio de 1947, Pe. Kentenich visitou Jaraguá, São Paulo, onde 20 anos mais tarde se estabeleceria a primeira comunidade dos padres de Schöenstatt no Brasil.
Pe. Kentenich faleceu na manhã do dia 15 de setembro de 1968. Cinco dias depois foi sepultado no mesmo local. Após a missa de corpo presente, o corpo foi levado até o Santuário da Mãe Três Vezes Admirável. Sobre sua sepultura estão gravadas as palavras que ele mesmo desejou: Dilexit Ecclesiam (Ele amou a Igreja).
João Luiz Pozzobon da Mãe Peregrina
João Luiz Pozzobon nasceu em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão, uma aldeia serrana do Rio Grande do Sul. Com 10 anos foi internado na Casa Paroquial de Vale Vêneto para estudar o curso primário. Após 10 meses voltou para casa.
Com 23 anos casou-se e foi morar em Restinga Seca. Pouco tempo depois sua mulher adoeceu gravemente e eles mudaram para Santa Mariapara que ela pudesse ser melhor atendida. Já tinham, nesta época, dois filhos. Pouco tempo depois ele ficou viúvo. Casou-se novamente 6 meses depois, montou um armazém e teve mais 5 filhos.
Conheceu o Movimento de Schöenstatt através do Padre Celestino Trevisan. João Luiz ficou sabendo, pelo Pe. Celestino, da vontade de se construir, em Santa Maria, um Santuário igual ao da Alemanha. Soube também das Graças do Santuário e da vida do fundador, Pe. José Kentenich.
Durante um Retiro, Pe. Celestino e Irmã Terezinha falaram sobre a importância de se rezar o Santo Rosário. Com a finalidade de estimular a Campanha do Terço, mandaram fazer umas imagens grandes da Mãe Rainha, para que fossem levadas em romaria, de família em família, na paróquia.
Era 10 de setembro de 1950. Duas imagens foram benzidas e a Irmã Terezinha convidou o Sr. João para rezar o primeiro Rosário em família. Após a reza a Irmã lhe disse: Esta Imagem fica ao seu cuidado. Não é preciso que reze o Terço todas as noites. Cuide apenas que ela seja levada de casa em casa. João levava um caderno onde anotava o dia em que a Imagem chegava a uma família, o nome do lugar, se os pais eram casados, o número de filhos, se eram batizados, etc.
Noite após noite, passou a levar a Imagem de casa em casa. Dedicava a essa tarefa duas horas de seu dia, que havia prometido à Virgem Maria. Dizia João Pozzobon: No ano de 52, compreendi que se tratava de uma missão que me confiavam e disse à Mãezinha: 'Tenho sete filhos, tenho uma esposa e tenho que dar contas a Deus de meus filhos e de minha esposa. Porém, se for vontade de Deus e tua, um homem só pode mover o mundo inteiro. No verão de 1952, seu João se encontrou com o fundador Pe. José Kentenich.
A Imagem que seu João levava pesava 11 quilos e sua maleta com objetos de uso pessoal, 8 quilos. Ao todo ele carregava 19 quilos. Andava 15 quilômetros por dia, com a Imagem sobre o ombro esquerdo. Ele teve um calo no ombro e duas costelas deslocadas ao longo de vários anos de caminhada.
Em 27 de junho de 1985, João Pozzobon foi atropelado por um caminhão numa estrada, a caminho da Missa, a 50 metros da entrada do Santuário, com a Imagem da Mãe Peregrina. Suas últimas palavras foram: Misericórdia, Senhor! Mãe, misericórdia! Eu vou morrer! Ajudem-me, eu não posso mais!
Ele disse certa vez: Se um dia me encontrarem morto à beira da estrada, saibam que morri de alegria.
João Pozzobon carregou a Imagem da Mãe Peregrina, de 11 quilos, por 35 anos, numa caminhada de, aproximadamente 140.000 Kms.
Fonte: Cruz Terra Santa
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