Imagem de dentro da gruta
Resolvi fazer esta postagem por que minha filha foi a esta bendita cidade. Eu quando soube do nome da cidade, corri na internet em busca da história deste santo para colocar aqui, mas descobri que o querido São Tomé, que tanto conhecemos, é o mesmo de São Tomé das Letras. Então em pesquisas descobri a história que deu origem a este nome da cidade que antes era Serra das Letras.
A notícia que se tem na memória a respeito da fundação de São Thomé das Letras, é que esta cidade nos primeiros tempos era conhecida como Serra das Letras, antigo caminho para as lavras de Minas Gerais.
O fundador, foi João Francisco Junqueira, que nasceu em Portugal, arcebispado de Braga e se radicou definitivamente na Fazenda Campo Alegre, ali viveu por muito tempo. Casou-se com Helena Maria do Espírito Santo, faleceu em 1799, sendo enterrado debaixo do altar da igreja matriz de São Thomé das Letras. Do seu casamento nasceram 11 filhos: Helena Primeira e Helena Segunda (gêmeas) que faleceram ainda em tenra idade, Francisco e Mariana, esta última faleceu ainda menina. O primeiro João Francisco Filho ( capitão), que herdou a Fazenda do Favacho. O segundo foi Francisco Antônio Junqueira, que foi padre e herdou a Fazenda do Jardim. A terceira foi Maria Francisca da Encarnação Junqueira, que herdou a Fazenda Santo Inácio. O quarto foi José Francisco Junqueira, que herdou a Fazenda da Bela Cruz. A quinta foi Ana Cândida de Jesus. A sexta Genoveva Junqueira e o sétimo Gabriel Francisco Junqueira, que herdou a sede da Fazenda Campo Alegre.
Gabriel Francisco Junqueira era um autodidata e possuía uma boa cultura, andava impecavelmente bem vestido, e muito bem barbeado, e com a sua fulgurante inteligência e ideais avançados, por influência política de seu pai, tornou-se chefe de um prestigioso grupo político.
A gruta ao lado da Igreja Matriz foi o local responsável pela origem do nome da cidade. Esta narrativa me foi feita há uns trinta anos atrás, por um membro da família Junqueira, que há pouco tempo veio a falecer e que de maneira alguma quis ser citado. Conta o seguinte:
"Em meados do século XVIII, João Francisco Junqueira, patriarca da família Junqueira no Brasil e proprietário de uma grande fazenda (a ‘Campo Alegre’), possuía numerosos escravos dos quais João Antão era seu escravo predileto, muito dedicado aos familiares de João Francisco. Era aquele escravo que fazia os trabalhos pesados dentro da fazenda. Viviam também naquela fazenda duas de suas irmãs, Anna Cândida e uma outra a qual não se lembrava do nome. Conta que João Antão, às escondidas, mantinha um romance com essa tal de Anna, que já era de meia idade. João Francisco Junqueira, foi informado por uma escrava, ciumenta daquele colóquio amoroso, o que na época era impossível, mandando o capataz matar João Antão. Anna que estava em uma das dependências da casa, ouviu a ordem , rapidamente mandou avisar seu amado do perigo que o ameaçava, aconselhando-o a fugir.
Assim ele fez, vindo refugiar-se na gruta . Muitos anos se passaram, quando certo dia apareceu a João Antão um senhor bem vestido e de maneiras finas e que com ele uma grande amizade criou. Depois de João Antão lhe ter contado o porquê de sua fuga, o senhor escreveu uma carta e lhe entregou dizendo:
"Entregue esta carta ao seu amo, que ele te perdoará." Assim o escravo fez. Ao chegar à fazenda, foi reconhecido e preso, sendo levado à presença do fazendeiro. Mas quando João Francisco Junqueira leu a carta, ficou impressionado, pois escrever bem naquela época era uma coisa muito difícil, principalmente um português clássico.
Formou-se uma comitiva que juntamente com o escravo foram até a gruta, que ficava distante da fazenda uns trinta quilômetros. Quando chegaram na gruta não havia ninguém, apenas em um canto da gruta uma belíssima imagem de São Tomé apóstolo, esculpida em madeira.
Claro que existem muitas lendas, mas esta é a única que foi transmitida por um membro da família Junqueira para um historiador, portanto relato feito de um praticamente segredo de família, que sempre tentou esconder o amor de uma Junqueira por um escravo.
Fonte: Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, especialmente do Brazil", por Bernardo da Silva Ramos, página 107 - segundo volume.
Gruta de São Tomé das Letras
Pinturas Rupestres São Tomé das Letras
Igreja de Pedras
Todos que visitam São Tomé das Letras, sentem as energias muito fortes e quem já foi em Machu Picchu no Peru afirma que as energias das duas cidades são muito parecidas.
Abaixo o link que os levarão à fonte desta postagem e a lindas imagens deste lugar mágico.
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