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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

VIDA E ORAÇÃO DE SÃO FULGÊNCIO (CÁRTAGO)



12-01

Cartago é o berço deste destemido defensor da fé católica. Fulgêncio era filho de pais cristãos. Tendo perdido cedo o pai, a mãe cuidou de dar ao filho uma educação de acordo com as normas da religião. Não só seus belos talentos, como a modéstia, a docilidade, o grande respeito que mostrava para com a mãe, fizeram com que fosse estimado por todos. Apesar de vantajosas colocações que se lhe ofereceram, Fulgêncio, para fugir dos perigos do mundo, resolveu entrar num convento. A leitura de um sermão de Santo Agostinho sobre a vaidade do mundo e a brevidade da vida, levou-o a pôr em execução esse plano, sem demora.

Dirigiu-se ao bispo Fausto, que era superior de um convento em Byzacene. Este não quis aceitar, receando que uma pessoa nas condições de Fulgêncio não se pudesse ajeitar com a vida austera do convento. Fulgêncio respondeu-lhe com humildade: “Aquele que me inspirou a vontade de servi-lhe, poderá dar-me força de vencer a minha fraqueza”. Fausto, admirado desta resposta tão criteriosa, admitiu-o. Logo, porém, que a mãe soube da resolução do filho, e da sua entrada para vida religiosa, correu ao convento e com ímpeto e grande pranto, exigiu a volta de Fulgêncio. Este, porém, venceu a tentação e ficou firme na vocação.

O amor de Deus fê-lo vencer a voz da natureza. Entregou os bens à mãe, para que os administrasse, até que o irmão mais novo pudesse assumir esta responsabilidade.

A vida de Fulgêncio no convento foi a de um religioso modelo. De todos o mais humilde e obediente, ninguém como ele se penitenciava.

A perseguição do rei vândalo Hunerico obrigou-o a abandonar o convento e procurar agasalho em outra parte. Nas suas viagens, chegou à Sicília e Roma. Passados dois anos, voltou para a África. Nesta posição, em nada o fez mudar nos seus hábitos religiosos. As práticas de piedade, as obras de mortificação e penitência continuaram-lhe fiéis companheiras até à morte. 

Como Bispo, defendeu a fé contra os erros do arianismo, e exortou os fiéis à perseverança na verdadeira religião. Grande abalo sofreu sua administração episcopal pela perseguição do rei vândalo Trasamundo, que o obrigou a comer o pão do exílio, em companhia de outros Bispos católicos. 

Na Sardenha, para onde foram desterrados, viveram em santa comunidade, até que a morte do tirano lhes permitiu o regresso para a pátria. Neste ínterim, Fulgêncio escreveu diversos tratados contra a heresia ariana. Recepção carinhosa esperou os Pastores exilados, na sua volta a Cartago. São Fulgêncio dedicou-se então, de corpo e alma, à reorganização da diocese, na qual, durante a sua ausência, se tinham dado diversas irregularidades. Com brandura e firmeza procurou abolir abusos e restabelecer a ordem, onde as circunstâncias o exigiam.

As virtudes que mais caracterizaram a vida deste santo Bispo, foram a humildade, a mansidão e a paciência. Nunca se lhe ouviu da boca uma palavra que revelasse egoísmo, nunca lhe escapou uma expressão que pudesse melindrar, entristecer ou ofender o próximo. Não cedia aos impulsos da impaciência, por mais difícil que fosse vencê-la. Tinha por lema sujeitar-se sempre à vontade de Deus, nos lances mais duros da vida. A sua caridade para com o próximo parecia não ter limites. O vivo interesse que tomava pelo bem-estar  material e espiritual dos súditos, garantia-lhe a simpatia e o amor de todos.

Sentindo a proximidade da morte, Fulgêncio retirou-se para um pequeno convento, na ilha Circina. Esta ausência foi muito sentida pelos diocesanos que, com insistência, lhe reclamaram o regresso. Tinha os dias contados.

Uma doença grave e dolorosíssima preparou-lhe o caminho para o túmulo. Modelo de todas as virtudes, na sua doença de morte o santo Bispo edificou a todos, pela paciência e resignação. Tendo chegado a hora extrema, mandou reunir todos os sacerdotes, e exortou-os novamente à perseverança na fé verdadeira e ao zelo no serviço de Deus. Pediu perdão a todos que tivesse ofendido ou magoado; mandou distribuir entre os pobres os poucos bens que lhe tinham ficado e entregou a alma ao Criador. 

Fulgêncio morreu com 65 anos de idade e o corpo, contrariamente ao costume daquele tempo, foi sepultado na Catedral, porque geral era a convicção de sua grande santidade. Em 714 foram essas relíquias transportadas para Bourges, na França.


ORAÇÃO A SÃO FULGÊNCIO
Para aceitar a nossa missão

São Fulgêncio, que apesar de terdes desejado fazer a vossa vontade, exilando-vos - até mesmo para não receberdes o papel de bispo, e acabastes por ver que o vosso destino - quando entregue a Deus - é Ele quem o dirige, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade aos planos do Pai.
Que seja realmente feita a Sua vontade e não a nossa. São Fulgêncio, que a partir do momento em que abraçastes o que realmente estava vos traçado para viver, passastes a ser realmente feliz, que também nós nos mergulhemos na Vontade suprema de nosso Criador para que mesmo em meios às dificuldades de cada dia, possamos sentir na paz e a força do Alto, que sempre nos é concedida.

Louvo a Nosso Deus e Senhor, por Vossa vida.

Que assim seja.

Um comentário:

  1. TENHO MUITO CARINHO E RESPEITO PELO CUNHADO ÉDSON DEUS MUITO LHE ABENÇÕE POR TANTA
    DEDICAÇÃO AO SEU PRÓXIMO

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