SANTO EUSÉBIO DE VERCELLI |
(2 DE AGOSTO)
Santo Eusébio era filho de pais piedosos e
ricos; nasceu na ilha da Sardenha. Instruído nas
ciências sacras e profanas em Roma, foi unido ao clero romano, quando São
Silvestre governava a Igreja. Mais tarde foi destacado
para Vercelli, no Piemonte, para dirigir aquela diocese. Segundo testemunho
de Santo Ambrósio foi o primeiro sacerdote secular do Ocidente, que
com este estado ligava o de sacerdote regular, e que obrigava
o clero da cidade a levar uma vida quase de monges.
Eusébio vivia com o clero em comunidade. Pela
oração e penitência pediam-se as bênçãos de Deus para o trabalho da
cura de almas. Além disto, estudavam os santos livros, trabalhavam nas
paróquias e ocupavam-se de ofícios manuais. Referindo-se
a este estado de vida, Santo Ambrósio disse: "Pode haver coisa
mais maravilhosa? Tudo ali é digno de imitação. O rigor do jejum é compensado
pela paz da consciência e pelo sossego da alma. O poder do bom exemplo
sustenta a todos. O que mais custa à natureza torna-se fácil pelo
costume". Desta santa comunidade saiu uma série de excelentes
bispos. Esta vida em comum preparou Eusébio para as lutas que o
esperavam, e deu-lhe força para sair vencedor de todas. Já em
355, apareceu a primeira dificuldade, quando o Imperador Constâncio
convocou o Concílio de Milão, ao qual Eusébio se negou a
comparecer, prevendo a preponderância que haveria de elementos arianos. Só
quando recebeu o convite escrito do imperador, dos bispos arianos e
católicos, prontificou-se a ir, mas com a declaração, de que agiria
segundo a sua consciência e os ditames da
justiça. Esta declaração determinou os membros do Concílio a
dar-lhe acesso às sessões, bem como ao Legado do Papa, mas só no décimo
dia, quando não havia mais nada a receber de sua presença.
Ainda assim exigiram que assinasse uma bula, que continha a
excomunhão de Santo Atanásio, a que se opôs enérgica e resolutamente,
apelando para a assembléia que devia respeitar as resoluções
do Concílio de Nicéia.
As sessões do Concílio foram então
transferidas para os salões do palácio imperial, e foi ali que o
imperador, com a espada em punho, exigiu peremptoriamente que
assinasse aquele documento. Eusébio ainda assim negou a
assinatura, o que lhe importou a prisão e o exílio para Scitópolis,
na Palestina. Os católicos viram neste gesto do santo o triunfo da
fé católica, e deram a Eusébio as provas mais claras e comoventes
de solidariedade e dedicação. Em Scitópolis teve de
sofrer muitas contrariedades, da parte do bispo ariano daquela cidade. O
fanatismo dos arianos chegou a ponto de maltratar
fisicamente o santo prelado, e pô-lo em incomunicabilidade
com os católicos. Eusébio passou por um verdadeiro martírio.
O Seu consolo era o amor dos católicos, que o cumulavam de
atenções, sempre que podiam, e a visita de Santo
Epifânio. Os arianos, porém, não o deixavam em paz. Se por algum
tempo conseguia livrar-se da prisão, outra mais apertada se
lhe abria. Assim aconteceu que, arrebatado dos católicos, ficasse preso,
incomunicável, durante seis dias, sem se alimentar. O alimento que os arianos
lhe ofereciam, rejeitava-o e aos católicos era impossível chegar onde
estava. No sexto dia os católicos apareceram em grande número, e com
veementes protestos e grandes ameaças, exigiram a libertação do bispo.
De Scitópolis, Eusébio foi transferido para a Capadócia
e de lá para Tebaida, onde permaneceu até a morte do imperador Constâncio,
em 361. Sob o governo de Juliano, Apóstata, os bispos católicos
exilados tiveram liberdade de voltar para as dioceses.
Depois de uma expatriação de seis anos, Eusébio foi a Alexandria,
onde Santo Atanásio realizava um Concílio, a que assistiu para depois
se dirigir a Antioquia, onde reinavam graves dissensões entre os
católicos. Deixando Antioquia, visitou quase todas as Igrejas do Oriente,
confortando os católicos, animando os fracos e chamando os
separados ao seio da Igreja. Igual apostolado realizou na Ilíria, onde o
arianismo tinha produzido lamentáveis estragos. Por fim,
chegou à Itália, onde teve uma recepção brilhante, em que tomaram parte
os colegas do episcopado e o povo. Em companhia de Santo Hilário,
bispo de Poitiers, começou o apostolado de unificação das Igrejas.
Eusébio e Hilário contestaram a legitimidade do bispo ariano
Auxênio em Milão; nada, porém, conseguiram, porque Auxênio soube
habilmente enganar o imperador Valentiniano e alguns bispos.
Depois de tantos trabalhos e lutas, Eusébio
retirou-se para a sua diocese de Vercelli, onde encontrou
tudo em boa ordem, graças ao zelo do clero por ele formado. Não tardou
muito que Deus chamasse seu fiel servo ao bem merecido
repouso, em 370. Por causa dos grandes sofrimentos que passou Santo
Eusébio, em defesa da fé, deu-se-lhe o título de mártir.
Como é admirável a firmeza de Santo Eusébio
nas lutas, nas dificuldades, nas perseguições! Desta firmeza o católico
deve procurar ter uma boa parcela. Muitas vezes se vê o
contrário. Se vier uma contrariedade, é fácil ouvir palavras de
desânimo, de queixas contra Deus e até ameaças de abandonar a
religião. Quando vai tudo bem, não é preciso muita virtude, por
achar fácil a conformidade com a vontade de Deus.
Sofrer pelo amor de Deus é uma honra, uma segurança.
Muitos pensam contrariamente, julgando ser uma graça especial de Deus quando
não se sofre nada. O pecador, que assim raciocina, engana-se. São
Bernardo escreve: "Quem pecou, não experimentando o castigo de Deus, pode
estar certo que é objeto da ira de Deus. Deus condena no outro
mundo a quem nesta vida não conseguiu corrigir pela
adversidade". De Santo Agostinho são as seguintes
palavras: "Se vives em pecado e Deus não te castiga, mau sinal
é". A isenção de sofrimento, portanto, longe de ser sinal da amizade
de Deus, deve causar sérias apreensões ao pecador. Aos amigos,
Jesus Cristo oferece o cálice da dor. Disso tens a prova nos
Apóstolos, mártires e confessores. Queres fazer exceção desta honrosa
regra?
Sua festa é
celebrada no dia 2 de agosto.
ORAÇÃO A SANTO EUSÉBIO (1)
Santo Eusébio
de Vercelli, tu que nascestes com um profundo sentimento de religiosidade e que
recebeste de tua mãe e tua irmã a santa fé e aprendeste a amar a Deus e a louvá-lo,
e já com tenra idade fostes visto ajoelhado em frente a imagem da Virgem Maria
e assim a tua alma imortal carrega os desejos do Senhor e apesar de tudo, tu
conseguistes seguir teu coração e tua vocação. Contra todos os obstáculos e
contradições tu lutastes e sofrestes para se tornar um bispo da santa Igreja e
o fostes de forma perfeita e santa.
Teu espírito
de fé suportou todas as batalhas e o grande santo que tu se tornastes sabe o
que se passa comigo e conhece os desejos de minha alma.
Eu gostaria
de servir a Deus ainda melhor, e dele tenho recebido muitas coisas boas e peço
que consigas para mim mais coragem e especialmente mais fé.
Muitos dos
meus pensamentos, palavras e ações não produzirão nenhum fruto para a minha
salvação, porque o teu espírito não está aqui para me guiar e me proteger. Me
ajude a conseguir tua proteção agora, no futuro e especialmente na hora da
minha batalha final.
Santo Eusébio,
eu tenho confiança na tua intercessão. Peça por mim junto ao Senhor para que eu
consiga a graça de (diga aqui a graça que necessita), e ainda me consiga a
especial graça da salvação de minha alma. Tudo para a maior gloria de Deus.
Que assim seja.
ORAÇÃO A SANTO EUSÉBIO (2)
Ó Deus,
pelos méritos de Santo Eusébio, concedei-me a Graça do verdadeiro amor a Vossa
Igreja, respeito aos Vossos Pastores e fidelidade a Vossa Palavra.
Dai-me a
consciência de que eu também sou Igreja e que eu saiba ser testemunho de vida
cristã na constância e na fé.
Que assim seja.
Belo dia florido prá ti!
ResponderExcluirFolhas de Outono chega para matar saudades !
Saudades de tuas escritas e de vc tbm.Estava privada de fazer uma das coisas que mais gosto de fazer que é te ler,kkkkkkkkk,mas agora posso sim,
Deus te abençõe sempre!
bjs
Luconi!
ResponderExcluirNão sei se já postastes sobre Santa Edwiges (do meu dia de nascimento). Quem sabe um dia, quando puderes!
Beijos, querida!!!!!!