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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

VIDA E ORAÇÃO A SANTA MADRE PAULINA

SANTA MADRE PAULINA
 (09 DE JULHO)

ORAÇÃO A SANTA MADRE PAULINA
Ó Madre Paulina, tu que puseste toda a tua confiança no Pai e em Jesus Cristo e que inspirada por Maria te decidiste ajudar o teu povo sofrido, nós te confiamos, nossas vidas, nossas famílias, os religiosos e todo o povo de Deus.
(Peça a graça que desejas alcançar).
Madre Paulina intercede por nós junto ao Pai, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre na conquista de um mundo mais humano, justo e fraterno.

Que Assim Seja.

VIDA DE SANTA MADRE PAULINA

Santa Madre Paulina ou Santa Madre Paulina do Agonizante Coração de Jesus.
Santa Paulina nasceu na Itália, em Vigolo-Vattaro, no dia 16 de dezembro de 1865, e foi batizada com o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Filha de Napoleão Visintainer e Ana Pianezzer. Sua família muito pobre, como muitos imigrantes italianos, imigrou para o Brasil, mais precisamente para Santa Catarina, onde fundaram Nova Trento, quando Amábile tinha nove anos de idade. Ela sempre quis ser freira, mas havia muitas dificuldades, como o fato de sua família ser muito pobre. Com a morte de sua mãe, quando Amábile tinha vinte e dois anos, teve que assumir as responsabilidades da casa, e de cuidar de seus irmãos. Até que seu pai contrai novo Matrimônio e o sonho ser freira se reaproxima.
Surge uma cancerosa pobre, cuja família não podia cuidar, logo os jesuítas e o povo indicam quem poderia se dedicar a ela: Amábile e sua amiga Virgínia. Desse gesto simples, mas cheio de amor, nasce a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no dia 12 de Julho de 1890, em um casebre de madeira de 24 m², que receberam de doação. Nesse período Amábile sonha três noites consecutivas com Nossa Senhora e assim relata: “Me encontrava diante de um lindo prédio desabitado, de dois andares. Entrei e me deparei em uma sala com duas cadeiras. Súbito, surgiu uma lindíssima senhora, em meio a pequenas flores brancas. Vestia alvíssima túnica e, à cintura, uma faixa azul celeste, logo achei ser Nossa Senhora de Lourdes, pois se vestia igual à imagem da mesma.” Na segunda noite a senhora lhe diz: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” A jovem lhe responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante...” Assim acorda, e na terceira noite dá sua resposta: “Servir-vos Minha querida Mãe, sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!” Nesse mesmo sonho, Maria Santíssima lhe diz que em breve lhe mostrará as filhas que quer confiar aos cuidados da jovem, e assim acontece. Depois de um ano, Amábile se vê diante de um parreiral, onde aparecem entre os cachos de uvas maduras, jovens de diferentes etnias vestidas de branco, e Maria lhe diz: “Eis as filhas que te confio!”.
A pobreza é imensa, mas as vocações crescem, para se sustentar as jovens vão trabalhar na roça à meia, ou seja, metade da produção fica com elas, e metade com o proprietário, e a comida é pirão de farinha com suco de limão.
Durante a visita do bispo diocesano de Curitiba, Amábile, Virgínia e Teresa a primeira a se juntar a elas, recebem aprovação e fazem os votos religiosos no dia 07 de dezembro de 1895. Amábile passa a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, Virgínia: Irmã Matilde da Imaculada Conceição, e Teresa: Irmã Inês de São José.
Em 1903, Irmã Paulina se torna Madre Paulina, sendo eleita superiora-geral, em um cargo vitalício. E juntamente com Irmã Serafina e uma postulante se transferem para S.Paulo, onde os jesuítas conseguem doação do Conde José Vicente de Azevedo. Elas passam a morar em uma casa no Ipiranga, onde cuidam dos ex-escravos abandonados, por causa da Abolição da Escravatura, descendentes dos mesmos, e de crianças órfãs. Em 1909, a humildade e obediência de Madre Paulina vão ser testadas até onde muitos poucos puderam suportar. Por causa da intromissão de uma benfeitora, a senhora Ana Brottero, que queria ser consultada e dar ordens em todas as coisas que ocorriam na Congregação, Madre Paulina e uma irmã vão expor o fato ao arcebispo D.Duarte Leopoldo e Silva, que fica do lado da mulher rica, e humilha a Madre Paulina, que estava ajoelhada, dizendo assim: “A senhora está destituída do cargo de superiora-geral, viva e morra na Congregação como súdita, que seja convocado o Primeiro Capítulo-Geral .” E obtém prontamente a resposta dela: “Estou pronta para entregar a Congregação à próxima superiora-geral e o meu único desejo é que a obra de Deus vá adiante.”
D.Duarte manda a Madre Paulina, a fundadora, para um exílio em Bragança Paulista, na Santa Casa. O que caracteriza essa fase é expressa pela frase dita por ela: “Meu desejo é trabalhar, obedecer e morrer abandonada por todas as criaturas desse mundo, recordada somente pelo meu caro Jesus, que tanto amo. Vontade de Deus, paraíso meu!”
Em 1918, Madre Paulina é chamada de volta ao Ipiranga, para servir de fonte histórica para a Congregação, estava sendo escrita a sua história, e para ser modelo para as Irmãs. Ela se destaca no serviço às Irmãs enfermas, na confecção de flores artificiais e de rosários.
Em 1938, novamente sofre uma grande provação: estava fazendo flores artificiais e rosários no porão da casa-geral, quando faz um corte no dedo médio da mão direita, que não foi cuidado. Por causa do diabetes, a ferida se transformou em gangrena diabética e ela teve que amputar o dedo, e posteriormente o braço. Mas nunca reclamou, nunca se lamentou, nessa ocasião ela disse: “Deus me pediu o dedo, depois o braço. Mas por que negar se sou toda dele? Estou devolvendo aquilo que ele me deu. Que o nome Dele seja louvado em todas as partes, por todas as pessoas e em todos os momentos.”
No ano de 1940, a Congregação fazia 50 anos e Irmã Paulina 50 anos da sua saída de casa. Assim quis deixar seu rico testamento espiritual, de encorajamento, confiança. Na certeza de quem enfrentou muitas tempestades retiramos essas duas frases: “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários! Confiai em Deus e em Maria Imaculada permanecei firmes e ide adiante!”
Madre Paulina foi ficando cada vez mais doente, ficou cega nos últimos meses de vida e veio a falecer no dia 09 de Julho de 1942, com 76 anos de idade.
Foi beatificada em Florianópolis pelo papa João Paulo II em 1991, é canonizada pelo mesmo papa no Vaticano, no dia 19 de Maio de 2002.
Logo após sua morte muitos ativamente procuraram sua intercessão em orações. Muitos favores e preces foram atendidas e muitos milagres são creditados a sua intercessão.
Encontramos especialmente, vocações a irmandade e cura de doentes ao qual Madre Paulina dava grande amor.


A ela já foram oficialmente atribuídos dois milagres:
A cura de Eluisa Rosa de Souza que havia sido desengana pelos médicos devido a um choque irreversível no sétimo mês de gravidez. O segundo a cura de Iza Bruna Vieira de Souza com nove anos de um tumor no celebro.
Sua festa é celebrada no dia 9 de julho.

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